sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A PINTURA DE WILTON CARVALHO

Wilton Carvalho é um artista de Fortaleza, que transita muito bem entre o grafite e as artes plásticas. Ainda se estabelecendo no meio artístico da cidade, Carvalho já se mostra como uma grande promessa. Aqui, registramos dois de seus mais recentes trabalhos, nos quais o artista flerta com o abstracionismo das curvas e das retas, preenchidas por cores fortes e vivas. 



Movimento I, de Wilton Carvalho, 2017.





Movimento II, de Wilton Carvalho, 2017.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

UM DETALHE: TEXTO CERTEIRO, DE ZÉLIA DUNCAN

Um detalhe
Zélia Duncan

Em O Globo – 18/08/17


A lei muitas vezes parece ter virado só conveniência e é aplicada de forma implacável, contra principalmente pretos e pobres.

Semana dessas vi uma parte do “Profissão repórter”, de que gosto muito, e já nos primeiros minutos comecei a reparar numa coisa que é infelizmente bem fácil de se constatar. Um programa sobre vítimas de violência nas emergências de hospitais públicos. Muitos entrando já cobertos por um lençol, por onde, lá na ponta da maca, só se viam os pés. Negros. Todos que vi entrando, com ou sem vida, sangrando, chorando, assustados, calados, falantes. Todas as famílias esperando notícias, todas as mães aflitas, todos eram brasileiros negros. Nosso país é racista desde sempre, não posso e não quero me iludir. Fiquei impactada com aquelas imagens e indignada por ninguém ressaltar a constatação óbvia. Ficou como se fosse uma sinistra coincidência. Um detalhe? Sabemos que há uma violência sistemática contra o jovem negro no Brasil. E, claro, uma violência generalizada nos nossos dias. O bebê Arthur que o diga; encurralado por uma bala perdida no ventre da mãe, não resiste e morre. Uma bala de fuzil. Perdida.

Mas, de cada cem, 71 vítimas são negras. Faltou dizerem isso, volto a repetir, pode parecer aleatório, mas está enquadrado numa sinistra estatística de genocídio negro. Os números correm na nossa frente, como evitar que cresçam dessa maneira? Quem foi que deu licença pra esse absurdo? Acostumamos também com isso? Não deveríamos nunca evitar esse assunto. Naturalizar a violência é concordar com ela todo dia.

Vimos também o filho da desembargadora Tânia Garcia, do Mato Grosso do Sul, sempre na mesma foto, fortão, sorrisão, óculos escuros, no sol, flagrado com 120kg de cocaína, mais um monte de munição. Até gravação de conversa grampeada pela polícia com bandido de dentro da prisão, planejando fuga de chefe de tráfico, existe. Se bem que conversa gravada não vale muita coisa no Brasil, todos sabemos disso. Não é questão só de ter acontecido um crime, mas de como o meliante influente vai se safar dele. Apesar de toda a exposição esfregada na cara de todos, o tal Breno conseguiu, graças à mãe, ser transferido para um hospital psiquiátrico, onde poderia tirar praticamente a mesma foto e não notaríamos diferença no ambiente. E ainda desmoraliza as pessoas que por ventura possam ter problemas psiquiátricos reais e que jamais cometeriam crimes por conta disso. Breno Fernando Solo Braga é o nome desse sujeito de 37 anos, fichado antes por porte ilegal de arma, tudo derrubado por dois habeas-corpus, alegando uma doença que antes não teria sido mencionada. E assim vão os pesos e medidas da Justiça brasileira. Nove gramas de cocaína, 0,6g de maconha e Rafael Braga, preto e ex-morador de rua, foi condenado a 11 anos de reclusão. Habeas-corpus negado. Rafael ficou conhecido por ter sido preso com uma garrafa de desinfetante, durante protesto em julho de 2013. Ele foi o único condenado por supostos delitos durante os atos. Manifestações aconteceram na esperança de chamar a atenção para sua punição completamente desproporcional. De nada adiantou.

A lei muitas vezes parece ter virado só conveniência e é aplicada de forma implacável, contra principalmente pretos e pobres. Os outros, no máximo, esgotam as tornozeleiras do mercado e depois caem no mundo, em geral levando consigo a maior parte dos furtos cometidos.

Este ano uma professora negra pediu a palavra na Flip e se tornou a voz do evento. Diva Guimarães, neta de escravos, bem ali, com o microfone na mão. A vergonha da escravidão foi ontem, e os efeitos dessa ferida estão longe de cicatrizar. Estão em nós todos, em acharmos natural ver negros apinhando penitenciárias, ocupando subempregos, habitando as ruas e os sinais. Temos muito que falar e ouvir, porque é um fato vivo, cotidiano e nosso.

Lima Barreto, homenageado na Flip, é uma voz a ser ouvida pra sempre e nos dias de hoje, um discurso que pode ser ainda transformador e extremamente útil na decisão de sermos mais críticos e brasileiros. Brasileiros no sentido de olharmos pra nós, pensarmos em como chegamos até aqui. Lima era negro e nasceu pouco antes da abolição. Herdou dos pais a certeza de que a liberdade está na educação.

A recente passeata nos Estados Unidos mostra a face orgulhosa de nazistas e seus desdobramentos. Na internet, rapidamente, os que por aqui se identificam com a boçalidade mostram apoio, como se pudessem fazer parte daquilo. Como se latinos estivessem convidados para o banquete da ignorância branca americana.

Mas tivemos um alento. Maria do Rosário vence no processo contra Bolsonaro, isso, sim, uma vitória de todas e todos que lutam por algo melhor, apesar de tanta contramão. Nem tudo vai ficar sem consequência. Respiremos nessa brisa, que oxigênio virou coisa muito rara.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

13 LIVROS QUE TODOS OS TRADUTORES DEVERIAM LER



Já faz muito tempo que a tradução saiu do dualismo "tradução/traição". E, não se iluda, pois, saber uma língua não faz de ninguém um tradutor. 

Assim sendo, é pra lá de oportuna a lista "13 livros que todos os tradutores deveriam ler", elaborada por Luciano Larrossa. Imperdível!

Segue o link para o site de Luciano Larrossa:





Durante este ano, temos publicado muitos artigos interessantes para todos os tradutores freelancers. Falamos sobre como iniciar a carreira de tradutor freelancercomo conseguir mais clientes ou quais as ferramentas de traduçãonecessárias. São artigos muito úteis para quem quiser iniciar a carreira de tradutor freela, quer você seja um iniciante ou uma pessoa que trabalha na área há muitos anos. Mas como adquirir novos conhecimentos nunca é demais, hoje vamos listar 12 livros que podem ser de grande ajuda instrutiva, técnica e metódica, para que o tradutor freelancer possa aprimorar-se como profissional e adquirir know-how para, desta forma, destacar-se no mercado. Alguns dos livros foram publicados há vários anos enquanto outros são um pouco mais recentes. Porém, se você gosta de livros e está tentando iniciar a carreira de freela, nada melhor do que conferir o nosso ebook Ser Freelancer, clicando neste link.

Mas agora chegou o momento de conferir a nossa lista de livros para tradução:

1. Oficina de Tradução A teoria na prática
Alguns leitores chegaram a catalogar este como “um livro atemporal”. No livro a autora analisa algumas traduções de poemas, destacando seus defeitos e qualidades. O livro não é tanto como um manual técnico sobre a tradução. Mas demonstra, uma e outra vez, que um bom tradutor deve ser um bom leitor, para poder entender o contexto dos seus textos e conseguir os melhores resultados nas suas traduções. A sua sinopse promete um ótimo guia para tradutores iniciantes, que os ajudará a compreender como funciona a tradução literária. É, também, uma boa ferramenta para o ensino da tradução.
Autor: Rosemary Arrojo

2. Procedimentos técnicos da tradução: uma nova proposta 
Este livro ajuda a identificar e refletir sobre as diversas áreas da tradução. A obra compara alguns modelos descritos na literatura disponível, no intuito de reorganizar os procedimentos técnicos para traduzir. Foi editado em 1990 e conta com 120 páginas de uma curta leitura mas muito útil para todos os tradutores. A autora Heloísa Gonçalves Barbosa é uma reconhecida investigadora e uma especialista na área da tradução, tendo sido membro do conselho da Associação de Lingüística Aplicada do Brasil.
Autor: Heloísa Gonçalves Barbosa

3. Conversa com tradutores: balanços e perspectivas da tradução
O livro é um apanhado de entrevistas realizadas com vários profissionais da área, entre eles: Regina Alfarano, João Azenha Jr, Heloísa Gonçalves Barbosa, Claudia Berliner, Erik Borten, Paulo Henriques Britto, Heloísa Martins Costa, Lúcia Helena França, Maria Stela Gonçalves, Mário Laranjeira. O objetivo central é traçar um panorama da tradução desde a perspectiva do autor. Leitura interessante, que vale a pena.
Autor: Ivone C. Benedetti e Adail Sobral
  
4. Tradução – história, teorias e métodos
Esta obra enfatiza a diversidade de línguas, fazendo com que a tradução seja cada vez mais necessária. O autor retoma o tema da Torre de Babel e o maior empreendimento de tradução na história humana: a tradução da Bíblia a mais de 2.400 línguas e dialetos. Alguns fatos históricos que influenciaram a tradução também são mencionados no livro, como o conceito de apropriação, surgido no Renascimento, por exemplo. O autor também apresenta os conceitos “pró-fonte”, que valoriza o texto original e o “pro-alvo”, que valoriza  o leitor do idioma destino. Também aborda os diversos tipos de textos, alguns já mencionados aqui no blog. Outros assuntos ligados à tradução como as interpretações e as traduções automáticas também são abordados. Em conclusão, a obra apresenta a história, as teorias e as operações linguísticas e literárias da tradução.
Autor: Michaël Oustinoff

5. Fidus interpres: a prática da tradução profissional
Este livro foi produzido, originalmente, a partir de um blog, de onde também herdou o seu título. Indicadíssimo para tradutores em formação ou que estão em início de carreira. Mas é perfeitamente aplicável a todos os profissionais que trabalham na área, inclusive aos mais experientes.

Assim como de costume nos blogs, a linguagem utilizada no livro é direta e trata exclusivamente da tradução como principal atividade profissional. Ele termina sendo um manual prático, com informações e dicas sobre as especializações do tradutor, o princípio do tradutor nativo, o papel das associações profissionais, a tradução juramentada, a tradução literária, as técnicas de tradução, as ferramentas de tradução, a gestão de terminologia, o controle de qualidade, os requisitos jurídicos e fiscais da atividade, os métodos de cobrança, as estratégias de marketing, a ética no mercado de tradução entre outros temas também relevantes.
Autor: Fabio M. Said

6. Tradução para Dublagem
Definitivamente, nunca será a mesma coisa traduzir um texto literário que dublar um vídeo/áudio. “Tradução para Dublagem” tem a proposta de mostrar estas diferenças e nos dar o abc deste tipo de tradução. Ana afirma que este livro é, basicamente, uma transcrição completa dos seus cursos de dublagem. Não é um livro para alguém que espera um texto de cunho científico. Isto, faz dele um ótimo estímulo para quem deseja ter uma melhor noção do mercado de trabalho na área de tradução e dublagem.
Autor: Ana Carolina Konecsni
7. Escola de Tradutores

O livro aborda as dificuldades e as armadilhas das traduções, os falsos cognatos, a tradução de poesia, as expressões idiomáticas e muitos outros assuntos para tradutores profissionais, estudantes ou simplesmente para amantes de uma tradução de qualidade.

Além de contar com ensinamentos valiosos e interessantíssimos, é uma obra bastante recomendada para estudiosos da área de tradução.
Autor: Paulo Rónai
8. A Tradução vivida

Livro que relata as experiências e conhecimentos de Paulo Rónai, que foram construídos ao longo de décadas de dedicação à tradução. Rónai, que traduziu mais de cem livros para o português, também possui publicações de sua própria autoria, entre eles, vários estudos linguísticos, sempre tendo a tradução como tema. “A tradução Vivida” é um livro indispensável a quantos se interessam pela tradução e pela comunicação. Não é apenas um texto ‘técnico’. É, também, a revelação das experiências concretas vividas no dia a dia de trabalho ininterrupto do tradutor.
Autor: Paulo Rónai

9. Sua majestade, o Interprete – O fascinante mundo da tradução simultânea  
Livro aventureiro, no sentido em que descreve as emoções de um tradutor e intérprete diante dos seus desafios. Mas também mantém um excelente nível profissional, pois dá conselhos precisos aos novos intérpretes de como vencer tais desafios, entre eles o medo. As dicas que o livro oferece para que está entrando na profissão lhe dá uma linguagem técnica. O bom humor também está presente ao longo da leitura, com lembranças, contos ou metáforas divertidas.

O livro aborda fatos históricos como as traduções realizadas durante o julgamento dos nazistas em Nuremberg e destaca um lado filosófico, quando fala dos limites humanos e a impossibilidade do pleno entendimento entre dois idiomas.

A obra é muito útil para quem aspira a carreira de intérprete e, em geral, para quem atua na área da tradução. A sua leitura impressiona pela clareza, pela facilidade narrativa do autor.
Autor: Ewandro Magalhães Jr.

10. Guia prático de Tradução Inglesa 
Esta obra, de quase 900 páginas, trata dos vários desafios enfrentados pelos tradutores. Por exemplo: os falsos cognatos, expressões não classificáveis como falsos cognatos, phrasal verbs, etc. É manual de tradução que conta com capítulos e comentários dedicados a diversos aspectos gramaticais, abonação abundantes das melhores fontes, exemplificação de sintaxe e estilísticos típicos da língua inglesa, étimos e informações históricas consideradas pertinentes ao legado latino no idioma.
A nova edição, reúne um vocabulário com mais de 3.000 entradas e faz um exame profundo de mais de 1000 cognatos.

Originalmente lançada em 1981, a obra está com uma versão reformulada, com centenas de referências cruzadas, capítulos e comentários que, além de explicar a peculiaridade do dicionário, abordam dificuldades sintáticas e estilísticas relacionadas com os cognatos, além de apresentar cerca de 1500 entradas novas em relação à edição anterior.
Autor: Agenor Soares dos Santos

11. Traduzir com Autonomia – Estratégias para o tradutor em formação 
Este é um trabalho dirigido a tradutores, iniciantes ou experientes, em busca de aperfeiçoamento. A tradução não é vista como a mera transferência de palavras de uma língua para a outra. Por meios de alguns exemplos e exercícios a obra apresenta um perfeito equilíbrio entre teoria e prática. Desta maneira os autores deixam explícita sua convicção – o tradutor precisa de um grande conhecimento da teoria da tradução para desenvolver um bom trabalho.

O livro propõe várias estratégias ou ações de tradução, que conduzem à resolução, de forma eficiente, dos problemas tradutorios. A ideia original é levar o tradutor em formação a desenvolver estratégias para a consciência da complexidade do processo de tradução, da necessidade de monitorar suas ações e a necessidade de examinar com cuidado as decisões tomadas ao longo do exercício da sua função.
Autores: Adriana Pagano, Célia Magalhães, Fábio Alves

12. Além da Revisão – Critérios para revisão textual 
O livro é dirigido aos profissionais de linguística textual, aos jornalistas e publicitários, aos estudantes de letras, aos revisores de textos, a leitores e amantes da língua portuguesa.

Nesta obra, o autor fala dos instrumentos que o revisor necessita para realizar o seu trabalho eficazmente. Entre os assuntos abordados estão: dicionários, elementos da norma culta, as regras que norteiam a revisão, etapas preliminares, recomendações úteis, contagem de caracteres, erros imperdoáveis, memórias de revisão, tabelas práticas e listagens úteis.
Autor: Aristides Coelho Neto

13. Machado de Assis tradutor 
Em Machado de Assis tradutor, o pesquisador francês Jean-Michel Massa publica o resultado da sua pesquisa. Nela, identifica e analisa 46 traduções realizadas por Machado de Assis. Entre as traduções mais conhecidas estão o poema “O corvo”, de Edgar Allan Poe e o romance “Os trabalhadores do mar”, de Victor Hugo. Algumas das traduções feitas por Machado de Assis foram encomendadas, outras foram escolhidas pelo próprio tradutor. A maioria das traduções pertencem às peças teatrais e aos poemas de vários autores; os textos de origem francesa prevalecem.

No livro, o tradutor contemporâneo poderá acompanhar o lado “tradutor” de Machado de Assis, que traduziu com certa regularidade desde o início de sua carreira até a sua maturidade. Observar o percurso como tradutor deste mestre da literatura nos ajuda a compreender sua formação como poeta, contista, dramaturgo, romancista, crítico e cronista.

Talvez, um dos fatos mais marcantes na carreira de Machado de Assis, para um tradutor freelancer, é que o primeiro livro que publicou foi a tradução de “Queda que as mulheres têm para os tolos”. Com isto, concluímos mais este artigo que tem como objetivo agregar valor aos tradutores, principalmente aos freelancers, promovendo um ferramental técnico e conceitual para o perfeito desempenho da sua atividade, ou seja, a tradução.
Autor: Jean-Michel Massa

E você, já leu algum destes livros? Quais recomendaria?
Abraço!


sábado, 29 de julho de 2017

III ENCONTRO DE HISTÓRIA E GUERRA FRIA DO SERTÃO CENTRAL


2017 é o ano em que faremos contato (de novo). Para tanto, você precisa fazer sua inscrição para o III Encontro de História e Guerra Fria do Sertão Central, que ocorrerá na Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central - FECLESC, unidade da Universidade Estadual do Ceará - UECE, situada bem no coração da Área Q, em Quixadá, Ceará. Mais informações em: http://www.uece.br/feclesc/index.php/noticias/14-lista-de-noticias/875-2017-07-27-21-11-01 



domingo, 9 de abril de 2017

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO E PEDAGOGIA DA AUTONOMIA, DE PAULO FREIRE


  
A educação brasileira, mesmo que lentamente, tem avançado. Se não avança mais a ponto de se colocar no mesmo nível dos padrões das grandes nações é por falta de vontade política, bem como por inúmeros problemas que deixam de ser resolvidos. Paulo Freire (1921 - 1997), um dos maiores educadores de todos os tempos, deu enormes contribuições para que mudanças efetivas se dessem na formação dos alunos-cidadãos. Além do clássico Pedagogia do oprimido (1974); Pedagogia da autonomia (1996), entre muitos outros de sua obra, também se constitui como leitura indispensável para todos aqueles que pensam a educação como forma de libertação. 

São essas as sugestões de leitura da semana.





                                                      

terça-feira, 28 de março de 2017

SOBRE EDUCAÇÃO E JUVENTUDE, DE ZYGMUNT BAUMAN


Sugestão de leitura da semana:

Zygmunt Bauman dedicou grande parte das suas pesquisas às relações que, de uma forma ou outra, incidem sobre a contemporaneidade. O autor polonês cunhou a expressão "modernidade líquida", com o objetivo de sistematizar as discussões sócio-político-culturais que tomaram campo no final do século XX e, consequentemente, se mantém no século XXI. Dessa forma, o autor discute identidade, cultura, globalização, vigilância, amor, arte, medo, educação, mídias sociais e política; entre inúmeros outros assuntos.

A sugestão de leitura da semana é o livro Sobre educação e juventude (2013), publicado no Brasil pela editora Zahar, com tradução de Carlos Alberto Medeiros. Trata-se de leitura indispensável para nós, educadores brasileiros.


Boa leitura!




domingo, 12 de março de 2017

Lições finlandesas, de Pati Sahlberg


Muito se fala, no Brasil, sobre os problemas da educação. Contudo, muito se fala, mas pouco realmente se faz. As explicações são inúmeras; todavia não conseguem convencer nem aqueles mais incautos. E o que é que se faz para melhorar a educação de um país e, consequentemente a vida do seu povo? Para tal pergunta, não há receitas ou respostas prontas. Porém, sem vontade política, investimentos e controle de qualidade nada, nunca, mudará. 

Um boa lição nos é dada pela Finlândia, que, na década de 1990, fez uma revolução no seu sistema educacional, alterando em muito a educação mundial. Os detalhes dessa mudança são contados por Pasi Sahlberg, na obra Finnish Lessons (Lições finlandesas), de leitura indispensável para todos aqueles que, de uma forma ou outra, vivenciam a educação brasileira.

 Boa leitura!